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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ANARQUIA


ANARQUIA
Kedma O’liver
Caiu a porta da entrada, telha voou pelo ar.
Choro, correria, pavor... todo mundo a gritar.
Sem saber o que fazer, embaixo da mesa escondeu.
Ficou bem quietinho pensando: -“que aconteceu?”
Passos rápidos, na sala, procurando não sei o quê
Escondido ele tremia sem saber o que fazer.
Quase sem respirar e sem as lágrimas sentir,
com receio de morrer e temendo o porvir.
Chora silencioso, quase sem respirar
Não tem coragem de sair, eles podem voltar
Vive assustado por ter tão pouca idade
Esse é o retrato da maioria da sociedade
Polícia invadindo, moradores assustados,
bandidos disparando, tiros dos dois lados.
Governo tentando respeito conseguir,
ordena ao exército a favela vai invadir.
Não pensam nos trabalhadores, só nos marginais
Tratam bons cidadãos como se fossem animais
Humilham famílias e crianças inocentes
Esquecem que são seres humanos, que são gente.
Preocupam-se em atacar  as pessoas do morro
e esquecem que o pais inteiro grita  por socorro.
O assalto maior, a marginalidade,a grande anarquia
acontece é lá no planalto, que é palco de grande folia.
Matam sem deixar vestígios pois levam nossa dignidade
Roubam a olhos vistos, não se importam com a verdade
Destroem as esperanças de honestos cidadãos
Ferem o povo, mancham o estandarte da nação
Enquanto repartem o dinheiro roubado
vivendo em mordomias, à custa do assalariado,
a criança que é para ser o futuro da nação
encolhida e com medo, chora sua solidão.


2 comentários:

  1. Kedma seu texto bastante reflexivo e serve de alerta para se discutir a que poder serve este abuso de poder oficial e autorizado que se diz cumpridor apenas da Lei. Quantos terão que cair pra que não apenas nos revoltemos e tomemos atitudes que transformem e realmente mudem a sociedade? Não sei, mas algo tem que mudar. Ou nós ou eles.

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  2. todos precisam de mudar e de agir diferente em relaçao a sociedade e a discriminação inconsequente né?

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